terça-feira, maio 29, 2007

Horas Rubras


Horas profundas, lentas e caladas
Feitas de beijos sensuais e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas…

Ouço as olaias rindo desgrenhadas…
Tombam astros em fogo, astros dementes.
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata p'las estradas…

Os meus lábios são brancos como lagos…
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras…

Sou chama e neve branca misteriosa…
E sou talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!

Florbela Espanca


segunda-feira, maio 28, 2007

Just imagine...

http://www.hi5.com/friend/video/
displayViewVideo.do?videoId=3182162&ownerId=33529257&smid
=20070526_4002_e3uVsfRkI726ePlCsmaI-902343346



Retirei o vídeo que aqui tinha... Mas deixo o endereço, obviamente que apesar de estar repartido é tudo seguido... O blogger é que se andava a passar e tive de o colocar assim...

É simplesmente Fantástico... Vejam:D

segunda-feira, maio 21, 2007

"Seduce Me"

Quadro by Luís Candeias
Fonte: http://www.luiscandeias.net/





:D

terça-feira, maio 15, 2007

Amor...


"Nascemos todos com vontade de amar. Ser amado é secundário. Prejudica o amor que muitas vezes o antecede. Um amor não pode pertencer a duas pessoas, por muito que o queiramos. Cada um tem o amor que tem, fora dele. É esse afastamento que nos magoa, que nos põe doidos, sempre à procura do eco que não vem. Os que vêm são bem-vindos, às vezes, mas não são os que queremos. Quando somos honestos, ou estamos apaixonados, é apenas um que se pretende.
Tenho a certeza que não se pode ter o que se ama. Ser amado não corresponde jamais ao amor que temos, porque não nos pertence. Por isso escrevemos romances - porque ninguém acredita neles, excepto quem os escreve.
Viver é outra coisa. Amar e ser amado distrai-nos irremediavelmente. O amor apouca-se e perde-se quando quando se dá aos dias e às pessoas. Traduz-se e deixa ser o que é. Só na solidão permanece...”

Miguel Esteves Cardoso in “O amor é fodido”

P.S – Começo a pensar seriamente que tenho mesmo de ler este livro...loooool


segunda-feira, maio 07, 2007

Nas minhas mãos...

Foto by Pepa de Riviera

Nas minhas mãos...

Apenas a solidão...

O vazio da tua presença... O calor da tua indiferença...

Nas minhas mãos...

... a constactação de que já não moras aqui...

A certeza que te perdi...

Mas que por breves instantes te (re)descobri...



Nas minhas mãos...

Marcas do que já foi... Do que já passou...

Marcas que o tempo não apagou...

E que a saudade delineou...

Nas minhas mãos...

O meu retrato...

O que vivi e o que aprendi...


Nas minhas mãos...

A certeza de quem amou...

A dúvida de quem pensou...

A mágoa de quem magoou...

Nas minhas mãos...

As lágrimas que o vento não secou

E os sulcos que a chuva rasgou...


Nas minhas mãos...

Eu... A minha alma...

O meu ser... A minha essência...

Completa...Repleta... Marcada...

Sem segredos nem enredos...

O meu perfume... o meu negrume


Nas minhas mãos...

... o silêncio...

... a percepção transfigurada do tempo...

... o inexorável poder do pensamento...

Nas minhas mãos...

... a espera...

.... a irrevogável e insustentável espera...

quarta-feira, maio 02, 2007

Marley e Eu - A vida e o amor ao lado do pior cão do mundo

Conta a história de um recém-casal, John e Jenny que decidiram levar para casa Marley: «um bola de pêlo amarelo em forma de cachorro», que, rapidamente, se transformou num labrador enorme e encorpado de 43 quilos.

Era um cão com umas características muito próprias e como não havia outro. De nada lhe valeram os tranquilizantes que o veterinário lhe receitou, nem a «escola de boas maneiras», de onde, como não podia deixar de ser, foi expulso.

Contudo, ao lermos este relato verídico percebemos que este amigo de quatro patas tinha um enorme coração e um lealdade incondicional...

Conquistou o coração de quem o conheceu, principalmente depois de habituados ao seu feito, um tanto quanto, diferente e desgovernado...

Um livro que penso que vale cada centavo que custa e cada minuto gasto a lê-lo...

Um relato comovente, divertido e sensível onde se percebe o grande amor existente entre Marley e a sua Familia.

Um livro de uma ternura e amor único... Um livro onde damos por nós a rir, a abanar a cabeça, a acenar concordando e pensando nos nossos animais de estimação e onde podemos chorar comovidos...

Recomendo vivamente a sua leitura principalmente para quem gosta de animais...

Apesar de ser um livro de escrita pouco elaborada compensa pelo sentimento que transmite.

Foi um livro que me levou da mais sonora gargalhada ao choro convulsivo...

Sem sombra de dúvidas um dos mais comoventes que já li...

Conclusão: Recomendadíssimo :)

terça-feira, maio 01, 2007

Crónica da semana... (é que só pode!!!)

Foto by: Katia Chausheva



Será possível que existam homens que são verdadeiros actores??

Sim...porque, olhar para uma mulher como se ela fosse a única na sala ou como se ela fosse o amor que sempre sonhou e depois dizer: “ah e tal tava á procura do click...” é tudo menos real...

Pergunto a mim própria se esta personagem sabe realmente o que quer da vida... Andar com alguém, mostrar a essa pessoa que está super interessado, dizer: “vamos tentar e vemos no que vai dar...” e passado 24horas dizer: “Não sinto nem nunca senti nada por ti”... Não pode ser considerado normal...

Na realidade, este diálogo teve o seu ponto alto com a fantástica tirada: “Não devia ter deixado as coisas andar tanto...Andava á procura do click mas ele não surgiu... Não consigo mais...”.

Claro que ouvir isto depois de várias saidas juntos e de várias trocas de carinho desnorteia uma pessoa... Mas acalmem-se os animos daqueles que julgavam que esta tinha sido a “melhor” que ele disse... Porque essa... bem essa fica para o final: pergunta ela: “Mas e quando fomos sair. Parecias mesmo interessado. Não tavas?”, resposta fantástica: “Não... Estava apenas a fazer um favor ao... (outra personagem... mas essa é uma outra história ahahah)”...

Eu devo dizer “amigo” que tu parecias tudo menos aborrecido e caridoso... Mas como ele próprio disse foi imaginação dela... Eu penso que foi dela e de todas as outras pessoas que se encontravam presentes aquando da realização deste filme... Sim porque seguindo a teoria dele foi um filme... Uma alucinação colectiva... Criamos um argumento fantástico para um filme hollywoodesco... Quiçá uma novela mexicana... Uma resposta para ti: “Bebe água...”...

Na realidade até se deve sentir orgulhoso, afinal teve direito a um post dedicado a ele... Para um neandertal sem qualquer tipo de sinapses cerebrais até foi mais do que o que merecia...

Até pode haver uma razão para a o paranso cerebral que teve mas nada, repito nada, justifica as justificações, peço desculpa pela redundância, que deu...

Concluindo, acho que ele teve medo... afinal ela era demasiado boa para ele... um diamente lapidado, que ele não tinha capacidade de possuir e isso entre outras coisas deixou-o inseguro... Confesso que nunca pensei em tal desfecho para o que se desenrolou diante dos meus olhos mas, realmente a sua performance foi digna de um óscar... Parabéns... Enganaste-nos a todos... Nunca pensei isso de ti... (Mas sabes uma coisa? Não acredito em metade do que lhe disseste.)

O que só prova que o meu radar anda cada vez mais avariado... Acho que tenho de o levar para consertar... Ou daqui a pouco transforma sapos em principes e principes em sapo, quiçá em monstros de proporções míticas sem possibilidade de transformação... E depois é que ia ser o bonito... ai... ai...

Bem... aguardo ansiosamente, tal qual uma esfinge, as cenas dos próximos capítulos desta novela mexicana chamada: “À procura do click perdido..."