segunda-feira, maio 07, 2007

Nas minhas mãos...

Foto by Pepa de Riviera

Nas minhas mãos...

Apenas a solidão...

O vazio da tua presença... O calor da tua indiferença...

Nas minhas mãos...

... a constactação de que já não moras aqui...

A certeza que te perdi...

Mas que por breves instantes te (re)descobri...



Nas minhas mãos...

Marcas do que já foi... Do que já passou...

Marcas que o tempo não apagou...

E que a saudade delineou...

Nas minhas mãos...

O meu retrato...

O que vivi e o que aprendi...


Nas minhas mãos...

A certeza de quem amou...

A dúvida de quem pensou...

A mágoa de quem magoou...

Nas minhas mãos...

As lágrimas que o vento não secou

E os sulcos que a chuva rasgou...


Nas minhas mãos...

Eu... A minha alma...

O meu ser... A minha essência...

Completa...Repleta... Marcada...

Sem segredos nem enredos...

O meu perfume... o meu negrume


Nas minhas mãos...

... o silêncio...

... a percepção transfigurada do tempo...

... o inexorável poder do pensamento...

Nas minhas mãos...

... a espera...

.... a irrevogável e insustentável espera...

8 comentários:

Alphynho disse...

É por essas e por outras que eu ando sempre com as mãos atrás das costas. Quer dizer, as costas não têm que ser necessariamente minhas lol
Baci :oD

Alphynho disse...

Oh anja caída,

Eu sou demasiado lesbico para andar a pôr as mãos atrás das costas de homens lol

Paroco de Monteiras disse...

É segredo nada!! Toda a gente sabe que eu sou completamente lesbico :oD não faço questão de esconder isso lol

Fallen Angel disse...

Bem... o alphynho decidiu inovar e mudar o nick...looool...

João Filipe Ferreira disse...

mais um texto escrito por quem sabe e o faz muito bem:)
escreve em www.luso-poemas.net
vais gostar:)
beijinhoooooooo

Fallen Angel disse...

:D muito obrigada J.F.
acho que para já me vou manter no anonimato e na segurança do meu cantinho. loooool... cobarde:D
mas vou passar por lá para ver:D
beijinhos***

Nelson Silva disse...

Olá! No passado, Camilo Castelo Branco exclamou:
"O amor, que vem procurado como sensação necessária à felicidade da vida, perde dois terços da sua embriagante doçura; porém, o amor inesperado, impetuoso e fulminante, esse é um abrir-se o céu a verter no peito do homem todas as delícias puras que não correm perigos de empestarem-se em contacto com as da terra."

Espero que as tuas mãos, se atrevam em abundância, interminavelmente na "embriagante doçura" :)

Fallen Angel disse...

Uma palavra nelson:
Liiiiiiiiindo!!!:D
beijinho**