A memória... Ah! Como nos prega partidas... Porque será que escolhe os sonhos para se manifestar? Não poderá ela, deixar o nosso sono em paz? Não poderá ela deixar-nos ser felizes nos braços de Morfeu?
Sentimo-nos bem, quentinhos, adormecidos, esquecidos do mundo e de repente ela mostra-se como um verdadeiro furacão... Mostra-se na sua verdadeira cara... Mostra-nos como é cruel... É nesta altura que descobrimos que afinal é um pesadelo... Um pesadelo do qual não podemos fugir... Um pesadelo, onde se repetem vezes sem conta tudo aquilo que tentamos esquecer... Um pesadelo, do qual tentamos fugir mas não conseguimos sair do mesmo sitio...
Parece surreal, tudo muda constantemente, tudo se repete constantemente... e, coisas que julgavamos guardadas no fundo da grande gaveta que é a memória voltam... Distorcidas... Persistentes... Cruéis...
Finalmente acordamos mas, a angústia não passa... nem as lágrimas que escorrem silenciosamente pelo nosso rosto conseguem lavar a nossa alma... Os soluços parecem sofucar-nos, as mãos tremem e procuram desesperadamente agarrar-se a algo... Abrem e fecham no vazio como se pudessem agarrar o tempo e faze-lo voltar atrás...
É então que percebemos o porquê da persistência da memória... Nunca esquecer... aprender... guardar lições...
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