quinta-feira, dezembro 28, 2006

Rostos!

Como sabem gosto de pensar no que me rodeia... E hoje apeteceu-me falar um pouco sobre o carácter do ser humano... Aconteceu uma coisa que me deixou a pensar muito e que me entristeceu bastante... A fragilidade do carácter do ser humano surpreendeu-me como nunca...

Por mais que pense e, tente perceber o que existe à nossa volta não consigo. Olho e o que nos rodeia não passa de um mar de rostos difusos… Tento perceber quem são mas, na sua maioria encontram-se cobertos por uma camada de névoa que os esconde e que apenas nos mostra o seu contorno.

É então que me apercebo que não consigo vê-los em profundidade e que é por isso que esse conjunto de rostos se encontra em constante mudança. São rostos que pretendem aparecer apenas por instantes e depois desaparecem deixando um rasto no nevoeiro. Tal como me disse uma grande amiga, estas são os colegas de circunstância, os conhecidos de circunstância e as amizades de circunstância. Pensei bastante nesta frase e, cheguei à conclusão que tinhas razão, sabes? Meras circunstâncias da vida juntaram um conjunto de rostos que se confundiram durante algum tempo… Esse tempo passou e os rostos desapareceram…

Olhando em volta apercebemo-nos que existem alguns, poucos, mas existem, que se mantiveram ao longo dos tempos que foram passando… É então que percebemos que aqueles rostos que realmente se importam estão lá… É então que nos apercebemos que aqueles rostos que se mostram mesmo na névoa são aqueles que ficam por mais tempo… Os outros já cumpriram a sua função e desapareceram...

Sim… Estamos rodeados por rostos que não conhecemos… Rostos encobertos…rostos difusos… Rostos que no fundo não nos mostram nada e principalmente não nos dão nada… Meros actores num mundo cheio de nevoeiro…

E quando ele se for, quem serão os que irão ficar? Quem é que realmente nos mostra o seu verdadeiro rosto? Mostraremos nós (o ser humano) o nosso rosto a todos?

1 comentário:

Anónimo disse...

Não percebi muito bem onde querias chegar com isto, mas devem ser ainda os efeitos do álcool da passagem de ano. Depois vou tornar a ler e dar o meu comentário mais sério. Mas só um aparte os rostos (e expressões) mostram-nos muitas vezes quem as pessoas são nós é que nos recusamos a acreditar no que está á frente dos nossos olhos.
bj