quarta-feira, janeiro 31, 2007

Gosto vs Não Gosto

Gosto... do sol a bater-me na cara num dia de inverno...

Gosto... da chuva a cair lá fora, estando eu quentinha em casa com um copo de leite e um bom livro no regaço...

Gosto... de chocolates de trufa, do seu gosto, da sua textura, da sua doçura amarga...

Gosto... de filmes que me façam chorar, seja de emoção seja de medo(ihihih)...

Gosto... de sentir um abraço quando estou triste...

Gosto... de um beijo carinhoso...

Gosto... de sentir a meiguice de um olhar...

Gosto... da verdade acima de tudo...

Gosto... das orquídeas selvagens...

Gosto... do mar a bater-me nos pés...

Gosto... dos pássaros a cantarem na minha janela todos os dias...

Gosto... da água a escorrer-me pelo corpo...

Gosto... da Lua

Vs

Não gosto... de estar triste... não lido bem com a tristeza...

Não gosto... que me mintam... Mil vezes a dolorosa verdade... Mesmo sendo um “não te curto”...

Não gosto... de rebuçados que se colam ao céu da boca...

Não gosto... que mexam nas minhas coisas sem pedir (vícios de filha única)...

Não gosto... de melgas (em todos os sentidos...)...

Não gosto... de ver crianças a sofrer... Fico com o coração partido... principalmente se não puder fazer nada...

Não gosto... que desconhecidos me toquem (principalmente quando saio...)...

Não gosto... de magoar os outros...

Não gosto... que me tentem controlar... Fico possessa...

Não gosto... do sabor amargo das lágrimas...

Não gosto... quando troveja... tenho medo...

Não gosto... de estudar o código da estrada...

segunda-feira, janeiro 29, 2007

A alma...

“Se protegerdes com demasiada devoção o jardin secret da tua alma, ele pode facilmente começar a florescer de um modo excessivamente luxuriante, transbordar para além do espaço que lhe estava reservado e tomar mesmo pouco a pouco posse da tua alma de domínios que não estavam destinados a permanecer secretos. E é possível que toda a tua alma acabe por se tornar um jardim bem fechado, e que no meio de todas as suas flores e dos seus perfumes ela sucumba à sua solidão. “

Arthur Schnitzler, in 'Relações e Solidão'

Sim... Porque não devemos esconder o que nos vai na alma... Se guardarmos tudo para nós, mais tarde ou mais cedo sucumbimos... Mais tarde ou mais cedo vamos descobrir que, não sabemos o que realmente deve ser guardado e, o que realmente, deve ser expressado... Mais tarde ou mais cedo... Talvez mais cedo do que mais tarde...

sábado, janeiro 27, 2007

Aprisionada!

Mais uma vez encontro-me perdida... vagueio por entre as sombras... sigo as vagas que me perseguem... Sinto perto um turbilhão que me tenta submergir... É demasiado poderoso e as forças já me faltam...

Tento lutar... tento esbracejar mas não adianta... os seus tentáculos já estão espalhados por todo o lado... já me rodeiam o corpo e a alma... Apertados... Cerrados... Sem fuga possível...

Preciso de ar... preciso respirar... libertar-me destes “braços” que me prendem... que me impedem de respirar... no fundo que me fazem desesperar...

Sim... Preciso de luz... Preciso de algo... alguém... Talvez precise apenas de mim própria...

Talvez precise apenas de me encontrar... ali... ao longe...

Talvez... Sim!! Talvez eu me encontre e, aí sim, consiga cortar estas amarras... estes “braços” que me submergem...

Talvez aí consiga finalmente lutar... Gritar... Chorar...

Talvez aí consiga vencer...

Se me descobrir... se me encontrar...

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Hoje sou...


“O Grito” de Munch (1893)....

Tal como ele, só me apetece gritar até ficar sem voz...



terça-feira, janeiro 23, 2007

Será que estou?

Abri os olhos e mais uma vez não estavas aqui... A luz iluminava o quarto vazio...

Vazio de mim... vazio de ti... Só sombras por lá andavam... Sombras do passado... Sombras do que eramos... sombras do que fomos...

As paredes brancas estão nuas... vazias... solitárias... tal como eu... Sou a sombra do que já fui... Sou simplesmente eu... Sou um ser sozinho e errante...

Sem ti... Sem mim... Perdi-me algures no meio do “nós”... luto para me encontrar... sei que ainda estou lá... Sei que ainda vivo aqui...

Será que tu vives aqui? Será que eu ainda vivo em ti? E tu? Viverás tu, ainda em mim??

Perguntas... perguntas que a noite trás e a escuridão não responde...

Perguntas que ainda ecoam nas sombras errantes... Olho a lua... Talvez ela me responda...

Esperança vã! Ela não pode responder ao que nem eu própria sei... Ela não me pode encontrar por mim... Ela não me pode dizer onde estou...

Perdida... Lá longe... Ao fundo...

Onde estou? Onde estás?

No fundo, onde estamos!

domingo, janeiro 21, 2007

Uma pausa!!!

Beijemo-nos, apenas...

Não. Beijemo-nos, apenas,
Nesta agonia da tarde.

Guarda
Para um momento melhor
Teu viril corpo trigueiro.

O meu desejo não arde;
E a convivência contigo
Modificou-me - sou outro...

A névoa da noite cai.

Já mal distingo a cor fulva
Dosa teus cabelos - És lindo!

A morte,
devia ser
Uma vaga fantasia!

Dá-me o teu braço: - não ponhas
Esse desmaio na voz.

Sim, beijemo-nos apenas,
Que mais precisamos nós?

António Botto

quinta-feira, janeiro 18, 2007

E mais do mesmo:D

Literatura/Poesia:

Em 1929, os surrealistas publicaram um segundo manifesto e, editaram a revista: “A Revolução Socialista. Entre os artistas ligados ao grupo, em épocas variadas, estão os escritores franceses: Paul Éluard(1895-1952), Louis Aragon (1897-1982) e Jacques Prévert(1900-1977) e, a meu ver, deve constar desta lista o grande poeta (e pintor) português, Mário Cesariny (1923-2006) .

Devo confessar que, a literatura surrealista, não me atrai muito... Na verdade, penso que os sentimentos e pensamentos escritos conforme aparecem nas suas mentes, me parecem um pouco descoordenados e ilógicos... Mas, é como digo atrás: o movimento surrealista caracteriza-se mesmo por ser contra-lógica...

Mas quanto á poesia... bem isso já é outra história... Gosto bastante e, sempre que leio algum poema de Mário Cesariny, sinto-me transportada para uma outra dimensão... um outro mundo... Um mundo onde não há lugar para a lógica... Um mundo onde me perco nos sonhos que crio...

 Faz-se luz pelo processo
de eliminação de sombras
Ora as sombras existem
as sombras têm exaustiva vida própria
não dum e doutro lado da luz mas do próprio seio dela
intensamente amantes   loucamente amadas
e espalham pelo chão braços de luz cinzenta
que se introduzem pelo bico nos olhos do homem
 
Por outro lado a sombra dita a luz
não ilumina   realmente   os objectos
os objectos vivem às escuras
numa perpétua aurora surrealista
com a qual não podemos contactar
senão como amantes
de olhos fechados
e lâmpadas nos dedos  e na boca”
 
                 Mário Cesariny (data e título desconhecido)

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Poesia Surrealista!

Sem título - 2001 - Mário Cesariny
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto, tão perto, tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
 
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
 
                                                    Mário Cesariny (data desconhecida)



domingo, janeiro 14, 2007

Na literatura!

Art of Conversation - Magritte

Tal como referi anteriormente o Surrealismo encontra-se em quase tudo... Muitas vezes não reparamos mas, ele está lá... Subtil... Sereno... Apenas para alguns olhos... Apenas alguns podem detectar aquela pequena fronteira que separa a loucura do surreal...

Surrealismo na Literatura:

O principal teórico e líder do movimento é o poeta, escritor, crítico e, (pasmem...) psiquiatra francês, André Breton que, em 1924, publica o primeiro Manifesto Surrealista. No Manifesto e nos textos teóricos posteriores, os surrealistas rejeitam a chamada ditadura da razão e os valores burgueses como pátria, família, religião, trabalho e honra. Valores estes que eram visíveis em muitas das obras da época. O Humor, o sonho e a contra-lógica são recursos utilizados para libertar o homem da existência utilitária. Segundo a nova ordem o bom gosto e decoro devem ser subvertidas. Uma das principais ideias trabalhadas pelos surrealistas é a da escrita automática, segundo a qual, o impulso criativo se dá através do fluxo da consciência despejado sobre a obra. Assim, segundo esta definição, a arte não é produto de génios, mas de cidadãos comuns,

Na verdade a “mania incurável de reduzir o desconhecido ao conhecido, ao classificável, só serve para entorpecer cérebros.” (André Breton).

Infelizmente para eles o movimento foi bastante mal sucedido. Segundo António Fernando Borges, “O grande erro dos autores surrealistas foi justamente o de desconhecer a diferença estrutural entre o pensamento e a linguagem escrita: enquanto o pensamento é múltiplo, circular, simultâneo, a escrita é necessariamente linear e sucessiva. Realizar esta tradução, com o auxílio das técnicas e instrumentos adequados – eis o grande desafio da arte da escrita. E é isso que faz a diferença essencial entre um bom texto e um simples amontoado ("surrealista") de palavras!”.

Apesar deste rotundo fracasso vários foram os poetas que adoptaram este movimento e que elaboraram poemas cheios de... “sonhos”... Tão surrealistas que quando os lemos somos transportados para o mundo deles... Um mundo onde a lógica e o comum não vivem... Um mundo onde o inconsciente predomina... Um mundo onde nos perdemos e encontramos.

sábado, janeiro 13, 2007

O Surrealismo!


Tendo em conta, que me perguntaram o que raio é que o surrealismo tem a ver com a literatura, eu vou “postar”, em diferentes dias, vários artigos sobre o surrealismo. Claro que vai ser uma coisa muito “básica” pois muito irá ficar por dizer..

O Surrealismo:

Foi um movimento artístico e literário que apareceu primariamente em Paris, nos anos 20 do século XX. Encontra-se inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo. Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud, o surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na actividade criativa. Os seus representantes mais conhecidos são: no campo das artes plásticas: Max Ernst, René Magritte e Salvador Dalí (Foto: Criança Geopolítica Assistindo ao Nascimento do Novo Homem, 1943); no campo da literatura: André Breton.

As caracteristicas deste estilo são: uma combinação do representativo, do abstrato e do psicológico. Segundo os surrealistas, a arte deve-se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência quotidiana, expressando o inconsciente e os sonhos.

Na verdade o surrealismo “encontra-se em todo o lado, da literatura ao cinema” (contributo do Nelson ;)), modifica tudo, altera todos e “torna tudo mais interessante” (novamente o contributo do Nelson;)).

quarta-feira, janeiro 10, 2007

terça-feira, janeiro 09, 2007

Musica!

Não pretendo ferir susceptibilidades com a publicação deste vídeo, nem demonstrar nenhum tipo de ideologia religiosa. Andava a pesquisar e descobri-o...

Achei a sonoridade maravilhosa e a simbologia simplesmente fantástica. A música utilizada para transmitir uma mensagem forte...



Jerusalem - Matisyahu

In the ancient days, we will return with no delay
Picking up the bounty and the spoils on our way
We’ve been travelling from state to state
And them don’t understand what they say
3,000 years with no place to be
And they want me to give up my milk and honey
Don’ you see, it’ not about the land or the sea
Not the country but the dwelling of his majesty
[Chorus]
Jerusalem, if I forget you,
fire not gonna come from me tongue.
Jerusalem, if I forget you,
let my right hand forget what it’s supposed to do.
[Chorus]
Rebuild the temple and the crown of glory
Years gone by, about sixty
Burn in the oven in this century
And the gas tried to choke, but it couldn’t choke me
I will not lie down, I will not fall asleep
They come overseas, yes they’re trying to be free
Erase the demons out of our memory
Change your name and your identity
Afraid of the truth and our dark history
Why is everybody always chasing we
Cut off the roots of your family tree
Don't you know that's not the way to be
[Chorus]
Caught up in these ways, and the worlds gone craze
Don’t you know it’s just a phase
Case of the Simon says
If I forget the truth then my words won’t penetrate
Babylon burning in the place, can’t see through the haze
Chop down all of them dirty ways,
That’s the price that you pay for selling lies to the youth
No way, not ok, oh no way, not ok, hey
Aint no one gonna break my stride
Aint no one gonna pull me down
Oh no, I got to keep on moving
Stay alive

[Chorus]

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Crítica literária:D

E cá estou eu como prometido para dizer finalmente o que acho de “Henry e June – Do Diário Intimo de Anaïs Nin”... (afinal não é “o” é “Do”... :S)
Primeiro de tudo achei o livro bastante interessante mas se a bibliotecária o lesse ia ficar decepcionada... LOL... O erotismo da obra é explorado de forma subtil, quase como se fosse algo secundário... Afinal o que está em evidência é a personalidade da autora e a sua relação com Henry e June...
De facto, achei o livro simplesmente “delicioso” pois é evidente a influência do surrealismo francês e da psicanálise. E é devido a esta última que fiquei completamente “colada” ao livro... A personalidade da autora é totalmente dissecada nas sessões de psicanálise com Allendy... Estas sessões mostram-nos a verdadeira essência da personalidade em questão... Chegam a ser surpreendentes as conclusões expostas... Na verdade Anaïs é surpreendente, daí a beleza do livro... (Claro que isto é a minha modesta opinião, pode haver quem não concorde ;)...)
Mas não vou contar mais nada... Se quiserem leiam o livro... LOL... Recomendo vivamente ;) Quanto a mim, fiquei fã da autora por isso irei procurar ler mais algum dos seus livros...

Já agora, aqui fica uma carta “picante” de Henry para Anaïs...

“Deus me perdoe se esta carta alguma vez for aberta por engano. Não consigo evitá-lo. Quero-te. Amo-te. Tu és comida e bebida para mim, és todo o raio da Máquina da vida, deitar-me em cima de ti é uma coisa, mas aproximar-me de ti é outra. Sinto-me unido a ti, um só contigo, pertences-me quer isso seja sabido ou não. Cada dia que espero agora é uma tortura. Estou a contá-los lentamente, dolorosamente.
Mas vem o mais depressa que possas. Preciso de ti. Meu Deus, quero ver-te em Louveciennes, ver-te naquela luz dourada da janela, com o teu vestido verde Nilo e o teu rosto pálido, uma palidez gelada como a noite do recital. Amo-te como tu és. Amo as tuas ancas, a tua palidez dourada, a curva das tuas nádegas, o calor dentro de ti. Anaïs, amo-te tanto, tanto! Estou a ficar sem palavras. Estou aqui sentado a escrever-te com uma tremenda erecção. Posso sentir a tua boca macia fechando-se sobre mim, a tua perna apertando-me com força, voltar a ver-te aqui na cozinha levantando o vestido e sentando-te em cima de mim e a cadeira a andar pelo chão da cozinha, fazendo tamp, tamp,."
Henry

Henry e June - Do Diário Intimo de Anaïs Nin (Pag. 177)

sábado, janeiro 06, 2007

Para abrir o "apetite"...

Estou a acabar de ler o livro e para já digo-vos que é muito interessante... Brevemente direi porquê... Entretanto vou deixando uns trechos, para abrir o apetite:D


"Amo a tua vivacidade,
os teus preparativos para voar,
as tuas pernas como um vicio,
o calor entre as tuas pernas.
Sim, Anaïs, quero desmascarar-te.
Sou demasiado galante contigo.
Quero olhar para ti longamente e com ardor,
arrancar-te o vestido,
apalpar-te,
examinar-te.
Sabes que ainda mal olhei para ti?
Há ainda demasiada santidade presa a ti.
Não sei como te dizer o que sinto.
Vivo numa expectativa perpétua.
Tu vens e o tempo desliza num sonho.
É só quando te vais embora
que me apercebo completamente da tua presença.
E depois é demasiadamente tarde."


Henry e June - Do Diário Intimo de Anaïs Nin

sexta-feira, janeiro 05, 2007

...

"Todos os dias lhe digo
que não o posso amar mais,
e todos os dias
encontro mais amor em mim para ele."

“Henry e June – O Diário intímo de Anaïs Nin”

Manias!!;)

A Silvinha :D (Perde-te nos Teus Sonhos...) lançou-me este desafio, que remédio tenho eu em aceitar e mostrar a todos algumas das minhas maniazinhas:


1. Tenho a mania de organizar tudo ao mínimo pormenor, desde horas a locais por onde vamos passar, quando vou para algum lugar passar uns dias, férias ou afins...


2. Tenho a mania (tal como a silvinha... acho que é da profissão...lol) de guardar tudo, pois podem servir para futuros trabalhos...

3. Tenho a mania de acordar sempre alguns segundos antes do despertador tocar;

4. Tenho a mania que tenho sempre razão e não gosto de estar errada (acho que é mesmo o meu maior defeito...)

5. Tenho a mania de arrumar as roupas por cores, seja em gavetas, no guarda-roupa, etc...



"Cada bloguista participante tem de enunciar 5 manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue".

Lanço este desafio a:

Nelson:
http://percepcoestransfiguradas.blogspot.com/

Pika:

http://www.oblogspotdopika.blogspot.com/

Ruca:

http://www.manualdebordo.blogspot.com/

Porcelain Beauty:

http://shadow_serenity.blog.simplesnet.pt/

quinta-feira, janeiro 04, 2007

É só um livro!!!

Digo-vos... ontem foi um daqueles dias em que me ri com verdadeira vontade... Isto de ir requisitar livros à biblioteca tem o que se lhe diga...

Imaginem vocês... Eu ando um pouco farta de não ter nada para ler (muitos fumam, outros bebem, eu sou viciada em livros...) então decidi ir dar umas voltas pelo centro e aproveitei para passar na biblioteca... Andei lá às voltas com Voltaires e Balzacs, mas por algum motivo não me apetecia trazer nenhum livro destes autores... Após esta experiência falhada passei para a secção da literatura russa.. Também não me agradava nada... Entretanto chegaram umas adolescentes bastante entusiasmadas com alguma coisa e o silêncio que tanto aprecio desapareceu... A desordem não me agradou, afinal escolher um bom livro é como degustar um bom vinho... Mas enfim, que podia eu fazer...

Lá me entreguei novamente à procura de algo que me despertasse o interesse quando me lembrei que queria ler alguns livros de Anaïs Nin... Lá fui eu procura-los contudo, devo assumir que estava bastante convencida de que não ia encontrar nenhum... Mas com muito esforço lá encontrei dois: “Passarinhos” e “Henry e June.- O Diário intímo de Anaïs Nin”. Escolhi o segundo...

Mais umas voltas... Mais dois livros...

Contente com as escolhas lá me dirigi à bibliotecária, senhora muito simpática que já me conhece desde os 12 anos...

Após as típicas perguntas da praxe: “Ah e tal como vai o curso?”; “Ai já acabaste? E emprego?”... As míticas perguntas que toda a gente faz... Bem, após estas perguntas todas, ela começou a registar os livros... Bem... A cara dela quando viu o da Anaïs foi simplesmente surpreendente... Pousou o livro como se ele queimasse e olhou-me de esguelha como que a pensar: “Esta juventude está perdida... Quem diria... Parece uma santinha...” (em rasgo de explicação, devo dizer que Anaïs Nin é uma escritora de livros eróticos... Após a leitura do livro darei a minha opinião...)...

Vamos ser francos, o que há de tão anormal em ler um livro de cariz erótico??? Não consigo perceber o porquê de tanto espanto... É literatura como as outras... E a autora já ganhou diversos prémios, logo não deve ser assim tão mau... Aliás, se fosse, não estava lá... Porquê condenar o que se desconhece?

Não é de admirar que a sexualidade ainda seja tabu... Se um simples livro provoca esta reacção, imagino o que aconteceria se fosse algo mais “picante”... Será que tudo o que se relacione com sexualidade ainda é visto como algo a ser evitado, a todos os níveis? Ou terão as pessoas medo de lerem e gostarem? “Pior” ficarem com a libido “aos saltos”? LOL... Enfim... Ainda não estou em mim...

Mas continuo a dizer : É só um livro...

terça-feira, janeiro 02, 2007

Assim sou eu:D

Andava eu a passear pelo mundo dos blogs quando descobri este teste... Adorei... Se vocês responderem com sinceridade às perguntas o resultado coincide mesmo... Pelo menos no que diz aqui... E de facto, eu sou, entre muitas coisas mais, assim:


Você é uma sábia coruja!
A coruja é uma ave noturna, símbolo do conhecimento racional. Você é uma pessoa que gosta de estudar e fazer uma reflexão sobre todos os aspectos de sua vida. Seu dia a dia é bastante regrado. Ai, se alguma coisa estiver fora do lugar ou, dando errado. A coruja não gosta de arriscar e investe apenas naquilo que é certo para ela. Aqui vai uma dica: se você mergulhar no seu interior, descobrirá que tem grande percepção do oculto.

P.S- Eu adoro corujas... Quando fazia exames levava sempre uma comigo, até ela se partir e cair do fio... Nunca mais a encontrei :(... (todos têm as suas manias... esta era a minha ;))

O endereço é este: http://istoe.terra.com.br/planetadinamica/site/quizasp/animais/abre_animais.asp