E cá estou eu como prometido para dizer finalmente o que acho de “Henry e June – Do Diário Intimo de Anaïs Nin”... (afinal não é “o” é “Do”... :S)
Primeiro de tudo achei o livro bastante interessante mas se a bibliotecária o lesse ia ficar decepcionada... LOL... O erotismo da obra é explorado de forma subtil, quase como se fosse algo secundário... Afinal o que está em evidência é a personalidade da autora e a sua relação com Henry e June...
De facto, achei o livro simplesmente “delicioso” pois é evidente a influência do surrealismo francês e da psicanálise. E é devido a esta última que fiquei completamente “colada” ao livro... A personalidade da autora é totalmente dissecada nas sessões de psicanálise com Allendy... Estas sessões mostram-nos a verdadeira essência da personalidade em questão... Chegam a ser surpreendentes as conclusões expostas... Na verdade Anaïs é surpreendente, daí a beleza do livro... (Claro que isto é a minha modesta opinião, pode haver quem não concorde ;)...)
Mas não vou contar mais nada... Se quiserem leiam o livro... LOL... Recomendo vivamente ;) Quanto a mim, fiquei fã da autora por isso irei procurar ler mais algum dos seus livros...
“Deus me perdoe se esta carta alguma vez for aberta por engano. Não consigo evitá-lo. Quero-te. Amo-te. Tu és comida e bebida para mim, és todo o raio da Máquina da vida, deitar-me em cima de ti é uma coisa, mas aproximar-me de ti é outra. Sinto-me unido a ti, um só contigo, pertences-me quer isso seja sabido ou não. Cada dia que espero agora é uma tortura. Estou a contá-los lentamente, dolorosamente.
Mas vem o mais depressa que possas. Preciso de ti. Meu Deus, quero ver-te em Louveciennes, ver-te naquela luz dourada da janela, com o teu vestido verde Nilo e o teu rosto pálido, uma palidez gelada como a noite do recital. Amo-te como tu és. Amo as tuas ancas, a tua palidez dourada, a curva das tuas nádegas, o calor dentro de ti. Anaïs, amo-te tanto, tanto! Estou a ficar sem palavras. Estou aqui sentado a escrever-te com uma tremenda erecção. Posso sentir a tua boca macia fechando-se sobre mim, a tua perna apertando-me com força, voltar a ver-te aqui na cozinha levantando o vestido e sentando-te em cima de mim e a cadeira a andar pelo chão da cozinha, fazendo tamp, tamp,."
Henry
Henry e June - Do Diário Intimo de Anaïs Nin (Pag. 177)
1 comentário:
A bibliotecária ficaria desiludida e desconfio que tu também ficaste um bocadinho... LOL Beijos
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