segunda-feira, janeiro 08, 2007

Crítica literária:D

E cá estou eu como prometido para dizer finalmente o que acho de “Henry e June – Do Diário Intimo de Anaïs Nin”... (afinal não é “o” é “Do”... :S)
Primeiro de tudo achei o livro bastante interessante mas se a bibliotecária o lesse ia ficar decepcionada... LOL... O erotismo da obra é explorado de forma subtil, quase como se fosse algo secundário... Afinal o que está em evidência é a personalidade da autora e a sua relação com Henry e June...
De facto, achei o livro simplesmente “delicioso” pois é evidente a influência do surrealismo francês e da psicanálise. E é devido a esta última que fiquei completamente “colada” ao livro... A personalidade da autora é totalmente dissecada nas sessões de psicanálise com Allendy... Estas sessões mostram-nos a verdadeira essência da personalidade em questão... Chegam a ser surpreendentes as conclusões expostas... Na verdade Anaïs é surpreendente, daí a beleza do livro... (Claro que isto é a minha modesta opinião, pode haver quem não concorde ;)...)
Mas não vou contar mais nada... Se quiserem leiam o livro... LOL... Recomendo vivamente ;) Quanto a mim, fiquei fã da autora por isso irei procurar ler mais algum dos seus livros...

Já agora, aqui fica uma carta “picante” de Henry para Anaïs...

“Deus me perdoe se esta carta alguma vez for aberta por engano. Não consigo evitá-lo. Quero-te. Amo-te. Tu és comida e bebida para mim, és todo o raio da Máquina da vida, deitar-me em cima de ti é uma coisa, mas aproximar-me de ti é outra. Sinto-me unido a ti, um só contigo, pertences-me quer isso seja sabido ou não. Cada dia que espero agora é uma tortura. Estou a contá-los lentamente, dolorosamente.
Mas vem o mais depressa que possas. Preciso de ti. Meu Deus, quero ver-te em Louveciennes, ver-te naquela luz dourada da janela, com o teu vestido verde Nilo e o teu rosto pálido, uma palidez gelada como a noite do recital. Amo-te como tu és. Amo as tuas ancas, a tua palidez dourada, a curva das tuas nádegas, o calor dentro de ti. Anaïs, amo-te tanto, tanto! Estou a ficar sem palavras. Estou aqui sentado a escrever-te com uma tremenda erecção. Posso sentir a tua boca macia fechando-se sobre mim, a tua perna apertando-me com força, voltar a ver-te aqui na cozinha levantando o vestido e sentando-te em cima de mim e a cadeira a andar pelo chão da cozinha, fazendo tamp, tamp,."
Henry

Henry e June - Do Diário Intimo de Anaïs Nin (Pag. 177)

1 comentário:

xicopovoa disse...

A bibliotecária ficaria desiludida e desconfio que tu também ficaste um bocadinho... LOL Beijos